segunda-feira, 30 de junho de 2014
EXPOSIÇÃO 2012
Exposição de Agosto – 2012, quando tive a oportunidade
de expor Telas e Riscos & Rabiscos.
Na Pecuária todos os anos tem a exposição de variadas
atrações como pinturas, colchas bonitas, panelas de todos
quadrantes; também pulseiras douradas e balangandãs
de várias espécies: couro de boi, de pano, prata e ouro,
misturados na multidão da Festa. Estamos caminhando
para o mês de Agosto.
Segundo sabemos neste ano de 2014vai explodir de
belezas nas barracas de Bom Jesus e nas outras que
chegam de longe para prestigiar a Festa e comprar as
coisas mais belas nas barraquinhas de Agosto.
terça-feira, 24 de junho de 2014
PLUBLICADO EM 07 / 2008
AGOSTO É TUDO DE BOM -
07/2008
Neumar Monteiro
Neumar Monteiro
Os
dias de agosto com suas tardes lavadas e céu de brigadeiro... Nem tanto chuva
nem tanto estio, algumas noites chegadas à friagem. Aquele agosto, que
costumávamos ver quando crianças, desapareceu; até o rio Itabapoana tão imponente no seu
trajeto rumo ao mar, hoje diminuído, erodido e assoreado, corre envergonhado da
sua feiúra e dos dejetos que carrega em seu caudal.
Agosto
é tudo de bom! Melhor seria se fosse como ontem, quando os raios de sol
prateavam os morros circundantes e a ternura havia em cada rosto. Saudade dos
tradicionais bailes da festa quando voltávamos para casa de madrugada com os
sapatos na mão de tantos rodopios e os pés doendo de fazer dó, porém felizes.
Estamos
em agosto, quase final do inverno e prenúncio da primavera, época que tudo se
abranda e fica numa temperatura tolerável. Ver os amigos que chegam para a
festa já balança os corações. Somos bonjesuenses! Como é bom dizê-lo em alto e
bom som. Cantar a marcha de Bom Jesus, terra de hospitalidade, com o peito
inchado de orgulho; abraçar os conterrâneos e conferir quem engordou,
envelheceu, enricou ou arrumou um novo amor; ver como estamos mais bonitos ou
mais feios que nossos colegas da mocidade. Correr de fio a pavio todas as
lembranças, saborear vitórias e com um pingo de inveja não mencionar, de jeito
nenhum, as peças teatrais ou museus que nós, do interior, deixamos de ver. Algo
imperdoável!
Mas
é agosto... Que engabela o tempo, que desliza as horas, que a cerveja rola e a
lembrança entorna. Um agosto a mais para estacionar a vida como um filme mudo
rodado no Cine Monte Líbano, com direito a Charlie Chaplin, com seu pequeno
bigode, chapéu-coco e a inconfundível bengala de bambu; sons de músicas românticas
e rocks, canções de protestos, dança de rosto colado ouvindo “Je t’aime moi non
plus”, bailes de formatura e de debutantes; fumar escondido, tomar hi-fi, Martini
doce, Whisky com guaraná e Cuba Libre, luz negra nas dancinhas; cadernos de
perguntas e respostas... Ler romances e roubar as revistinhas indecentes do
irmão mais velho; drops “Dulcora”; anáguas; saborear um refrigerante “Crush”. Epoca
das vacas magras mas o sorriso gordo, da obrigação da missa e da ‘bença’ aos
mais velhos. Tudo isso gira na memória e transforma o agosto em um mês muito
especial.
Agosto
é tudo de bom! Não se desfaça das suas lembranças. Seja novamente a criança que
brinca na Praça Governador Portela em um dia de domingo. Depois de tudo isso só
resta um esconjuro: curupira, assombração, pé-de-pato mangalô três vezes... Que
nunca nos falte o agosto!
sábado, 21 de junho de 2014
LIVRO "POEMA DO AMOR ETERNO" - 1978
FIM DE
UM SONHO
Neumar
M. Silveira
Da
matéria amorfa
dos
meus sonhos desfeitos,
modelei
um príncipe
e
o coroei de ouro.
Com
o sopro da minhalma
bafejei
seu rosto,
e
do matiz da flores
colori
seu corpo.
Dei-lhe
tudo que em mim havia,
e
se mais tivesse mais daria
para
faze-lo meu,
para
torna-lo vivo.
Mas
foi inútil
e
o meu trabalho perdido.
Com
o nascer da vida
a
obra dos meus sonhos
deixou-me
aqui
a
modelar tristezas,
num
corpo sem amor !
segunda-feira, 16 de junho de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
LIVRO "POEMAS DE NEUMAR" - 1979
CONTROVÉRSIA
Neumar M. Silveira
Há quem canta a canção
lúgubre das guerras,
ou as canções sofridas das lágrimas.
Eu canto o doce enlevo do amor.
As guerras passam ceifando vidas,
calando vozes.
Pelos caminhos, o som metálico
das baionetas cala os pássaros
e afugenta os duendes do bosque.
Triste som da morte !
Nas faces desesperadas
lágrimas
deslizam,
manchando de dor a partitura da esperança.
Triste som o do desespero !
Eu canto o amor.
A canção das musas !
Despi-me das tristezas e lágrimas
desde as primeiras notas
desta embriagadora melodia.
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