segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"O NORTE FLUMINENSE" - 07 - 2013



                QUANDO JOVENS, SONHAMOS ESTRELAS
                                                                                 Neumar Monteiro                  
                                                                         
                  
O tempo passa depressa nesta terra pendurada no universo e a juventude se ressente desta velocidade feérica que nos persegue; e os jovens sentem que a felicidade está por um fio, como o apagar da lâmpada ao dormir. Querem perseguir as novidades e inventar novos jogos que nem por interesse, todavia pela vontade de jogar, mostrar-se adulto e arvorar o pavão que está dentro de si... Enfim, exibir-se para os colegas e as meninas, como um meteoro que passa no céu rasgando a escuridão da noite deixando o rastro luminoso de sua cauda. Ai, que saudade da mocidade!  Ai, que saudade do pique-bandeira e do passar anel; de correr na noite e de namorar a dindinha lua da rede do quintal sonhando estrelas. Hoje o céu nebuloso, sombrio e triste, apaga a beleza da lua e esconde as estrelas. Como vamos guardar na mente o brilho dos astros que permeiam o estro dos poetas? Como vamos sonhar estrelas se  estão perdidas na voragem dos ares contaminados? Coitada e triste mocidade!...
                    Volúpia dos desejos como estamos jovens, sonhando estrelas, forasteiras, além do universo. Outros mundos nós queremos cativar; outros engenhos  queremos lançar no espaço para descobrir o que somos e para sorrir outros tantos passageiros da vida. O ônibus espacial já chega ao futuro, para concorrer com as estrelas cadentes a velocidade do seu rumo. Enfim, o homem quer dominar tudo, desde o centro da terra até às alturas indomáveis, tudo pela ganância ou esperança de descobrir outras plagas para fazer novos ninhos; pela cobiça de nova vida e pelo bolso cheio de pedras preciosas que o imensurável universo com certeza tem. Esta é a obsessão dos terráqueos.
                     Na juventude de agora não se lê uma poesia, nem livros de alegorias, nem romances e, certamente não, as Escrituras Sagradas... Infelizmente só os gibis de faroeste e calendários de mulheres nuas. A própria jovialidade induz a descobrir os tesouros da nudez invadida como partida para principiar o sexo. Os filmes exibem escandalosos enredos, que dá medo de se ver; os jovens presenciam todos os atos em suspiros, sonhando paraísos e estrelas desnudas. Nada como antes neste mundo pervertido que, sem sentido, quer acabar com a memória do passado com seus  beijos roubados e os apalpos tremidos para conquistar a presa. Agora e para frente será muito maior o desencanto, porque o mundo faz alarido do pecado da gente e, também, os males da modernidade como em pílulas de prazer drogando a juventude em casas proibidas aonde se perdem vidas. Até quando os bandidos vão sacolejar à frente este pecado desumano? Droga, droga e droga, no estertor da hora e na escória da maldade. Canalhas que se empenham no vício e o passam para frente para divertir fulanos. Covardes, malditos e insanos, escória da juventude e bandidos da sociedade!... A coisa está preta e propagando-se para o mundo inteiro.
                       Nós, os brasileiros, sonhamos estrelas verdadeiras, aquelas que ajudam os hospitais, as que cantam canções de paz e de esperança; vivemos para a felicidade e, não, para o desespero, que alcança o coração ferindo o nosso orgulho; queremos ver o brilho no sorriso da criança de infância sadia; sonhamos partículas de felicidade nos trabalhadores da terra; vivemos pela Pátria que sonhamos ter um dia e não mentiras de falsos anjos bandoleiros; enfim, somos brasileiros, que amamos o mundo inteiro, querendo distribuir o pão e sonhando estrelas abaixo do céu azul nesse manancial de paz... Quem não queria ter? Quem não queria tal?...             

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"O NORTE FLUMINENSE" - 01-2008



CRÔNICA DE UM ANO NOVO
                                                                                  Neumar Monteiro

                                   
                        Começar um novo ano sempre representa uma retomada de decisões: como olhar adiante visualizando outros caminhos. O novo se descortina com variadas perspectivas, que nem sempre vamos tocar para frente, como um leque de sonhos acalentados que, no pretérito, não os vivemos. Um tudo novíssimo no espocar dos fogos de 31 de dezembro, quando brindamos à criança que temos dentro de nós rumo a um futuro adulto nas pegadas impressas no chão do nosso destino.
                                   Um ano bom em 2008: com saúde e tranquilidade, embora através de reveses políticos e do desassossego da economia oscilante, apesar do Real; mas é uma oportunidade que a vida nos dá, a cada um diferentemente, mesmo que tenhamos de abrir mão de alguma coisa na árdua jornada do dia a dia. Faz parte do show da vida a oscilação dos humores, o cansaço da luta, o pranto derramado e o prato nem sempre farto de comida. Também a indiferença, a traição, o descaso e a desarmonia, pois “sou homem e nada reputo alheio a mim do que é humano”, conforme tão bem o disse o sábio Terêncio. Mas sempre é alguma coisa a simples capacidade de sonhar, e viver emoções outras que não aquelas do ano que passou. Afinal, a trajetória humana começa no ventre da verdade eterna, no umbigo da imensidão dos espaços e na brisa que carrega em suas asas o sêmen da nossa vida.
                                   Somos um amálgama do animal, mineral e vegetal, filhos da esperança e irmãos das estrelas; a visão perfeita da grandiosidade cósmica e a mais complicada criação por milímetro de corpo físico. Deus nos quis assim: incertos nas certezas, fortes nas nossas fraquezas e firmes quando tíbios e desconcertados. Um todo repartido cujo sentido só pode ser espiritual, criação talentosa oriunda da sabedoria infinita.
                                   Um Ano Novo para repensar a vida! Quem diria que teríamos outra oportunidade? Quem não a teve voltou para o efêmero infinito incognoscível... Sabemos lá o que mais existe. Coube-nos a tarefa de tocar a vida para frente. Que o façamos da melhor maneira, no finito espaço de nossos passos.
                                     

terça-feira, 20 de agosto de 2013

JORNAL "SANTA ROSA" (Niteroi) l- Edição nº 1460






                   Noite de Autógrafos - 12-07-2013

• A consagrada poetisa Neumar
Monteiro, recebeu amigos
para lançar o seu 5º livro
Palavras São Versos, cujo
prefácio é do poeta, jornalista
e escritor, Antonio Soares, o
ASO, no Ginásio do Ordem e
Progresso, em Bom Jesus do
Norte/ES. Os convidados
foram recebidos com Junior
Morett ao violino, agradando
a todos participantes, em
 noite de magia e sonho,
acompanhado da cantora
Olívia, com sua banda. Salões
lindamente decorados por
Marquinhos e fino coquetel
comandado pela expert
Walkiria. Ilustres personalidades
dos meios social e cultural
prestigiaram Neumar,
abrilhantando o evento.