INCERTEZAS
Neumar M.
Silveira
Já
não sei quem sou,
nem
o que fui.
O
que serei já não me importa.
Sou
vaga no mar, sem rumo.
Sou
praia do amor, deserta !
Sem
lira, perdida no caos
do
abandono
não
sei quem fui,
nem
serei quem sou.
Nauta
perdido em proceloso mar,
sem
pátria, sem dono,
sem
onde ancorar.
Se
fui, se fiquei, já nem sei.
Meus
sonhos vogando,
sem
cais, sem abrigo.
De
leste a oeste, de noite ou de dia,
sou
barco sem porto,
sem
tristeza ou alegria.
Um
dia, quem sabe
futuro
distante,
eu
possa aportar-me
no
cais do amor.
Serei
ser ditoso,
já
sem incertezas,
feliz,
venturoso, isento de dor !
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