quinta-feira, 25 de abril de 2013

LIVRO "DEVANEIOS"



LIBERTAÇÃO
              Neumar Monteiro

Caminho liberto,
com o peito aberto,
sem mais lamento.

Sigo este vento.
Não levo tormento,
nem sofrimento.
Só mesmo o unguento
das feridas bem curadas.

Não sou mais nada.
Talvez um pingo
ou um respingo
de saudade.

Não tenho idade.
Não faço alarde.
Alacridade?
Quem sabe a infância! ...

Já sou criança
(sorriso leve,
vontade de passarinhar).
Vou caminhar
até cansar.

Contar estrelas,
dormir no chão...
Dizendo preces
com o coração.

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