PREFÁCIO
À
vista do texto
Palavras,
palavras, palavras
e
mais palavras
muitas
palavras...
Dizendo
coisas, lembrando casos,
remoendo
episódios
revivendo
histórias...
Mas,
sobretudo, ocultando fatos, de fato,
em
narrativas sinuosas,
a
olvidar primórdios
Como
a driblar reminiscências
no
jogo de memórias
e,
de suas lavras,
Extrair
de rios, mesmo rasos,
o
aurífero inexato de inúteis garimpagens
Precognitamente
só fantasiosas
em
busca dos acasos
das
inconsequências...
E
as ilustrações?
Seguem
semelhante descompasso, do passo
no
afã de definir
imagens,
variam
suas incursões
e
figuram com vantagens
na
coerência do traço.
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Eis, irmã poeta NEUMAR MONTEIRO, o que, de
pronto, me inspira, à primeira vista, a leitura de seus poemas. Desde os versos
iniciais do “Espaço de Nós”, contendo a ternura do convite ao parceiro
para que alcem juntos o voo do sonho e da ilusão, dividindo o mesmo
espaço e partilhando seus segredos; perpassando a seguir pelas análises
de “Telhados” e “Novamente o Natal”, a descrição da “Velha
Igreja” de sua infância, a confissão do “Beijo Roubado”, os “Sonhos
em Cinza Chumbo”, as considerações filosóficas de “Vida e
Morte” e “Recomeçar”, a afirmativa de que se deve superar os
desencantos em “Não é Preciso Chorar” e a perseverante busca de “Paz
e Amor”... Tantos são os temas que nos oferecem a sensibilidade e o
talento de NEUMAR MONTEIRO que convidamos o leitor a lê-los e relê-los,
em tom rezado e lento, para melhor assimilar os trabalhos inteligentes e
enlear-se espiritualmente no lirismo que trazem os poemas como “Amor que
Nada Pede” que conclui esta coletânea magnífica.
Antonio Soares (ASO)
Escritor-poeta-cartunista
Academia Niteroiense de Letras
Academia Fluminense de Letras
Associação Niteroiense de Escritores
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