ANA TRISTE
Neumar Monteiro
Ana chagada de dores.
Ana dos mil amores,
todos tristes,
acabados.
De dia, ao sol
passeia,
de noite, funga e
pranteia,
sozinha sem namorado.
Viúva, já teve caso
com o vizinho do
lado,
um amor cheio de
briga.
Ana, no amor, não tem
sorte,
nem mesmo com o
consorte
teve sucesso ou
guarida.
Mas conta muitas
histórias,
todas repletas de
glórias
de amores que já
viveu.
Só não fala dos
fracassos,
nem dos feios
namorados
que teve, porém,
perdeu.
Ana, coitada menina!
Parece uma bailarina
se equilibrando na
vida.
Feia, já sem
esperança,
Ana vive da lembrança
da juventude perdida.
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