VENDAVAL DA
VIDA
Neumar Monteiro
Perdida eu estou no
vendaval da vida
qual rama que se
curva ao comando do vento.
Se corro, o mundo ri;
se paro, o meu lamento
ecoa sem sentido por
traiçoeiras trilhas.
Aqui, um mundo brilha
sob um sol coruscante.
Meus olhos, porém,
orvalhados de pranto,
evitam esta beleza
que a vista descortina.
Bendita, no entanto,
é a vida que vivemos!
Que apaga as
tristezas no transcorrer das horas
e enxuga nosso pranto
no perpassar do tempo!
Que venha, assim, o
vento no vendaval da vida
e leve o desencanto
da alma estremecida
trazendo a alegria da
brisa redentora!
E então já renascida
para uma nova vida,
que eu possa abençoar
o pranto que redime
e possa agradecer as
horas mal vividas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário