LIBERTAÇÃO
Neumar Monteiro
Caminho liberto,
com o peito aberto,
sem mais lamento.
Sigo este vento.
Não levo tormento,
nem sofrimento.
Só mesmo o unguento
das feridas bem curadas.
Não sou mais nada.
Talvez um pingo
ou um respingo
de saudade.
Não tenho idade.
Não faço alarde.
Alacridade?
Quem sabe a infância! ...
Já sou criança
(sorriso leve,
vontade de passarinhar).
Vou caminhar
até cansar.
Contar estrelas,
dormir no chão...
Dizendo preces
com o coração.
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