SOLITUDE
Neumar Monteiro
Somente o silêncio
me acompanha.
Na estrada, o som
dos meus próprios passos ocos.
Minha sombra se projeta
nas campinas
enegrecendo o colorido
das ravinas.
Tudo é silêncio,
o tédio me avilta,
corroendo meu ser
de solidão.
Há uma nota fatal
de desespero
nestas flores em que piso
pelo chão.
Que se esgote
em mim o doce tema
de escrever poemas
e sorrir.
É preciso encontrar
no íntimo desgosto
uma razão qualquer
de prosseguir.
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