quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DEVANEIOS

NOVELO DE LÃ
                                      Neumar Monteiro

O novelo de lã
tal qual a vida
vai desfiando seu fio
lentamente.
À medida que desfaz
a sua linha
trama a sorte comum
a toda gente. 

Quem o vê assim,
indiferente,
talvez não consiga
deduzir esta verdade:
Quando novo desliza
por teares
na juventude de
seu fio e brilho.
Ao findar da lã
já desprezado
olha o presente,
de fulgor ausente,
lembra um passado
que só teceu saudade.




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