Palavras proferidas por mim na homenagem ao Dia das Mães, na Câmara
Municipal de Bom Jesus do Itabapoana em 10-05-2012
Exmo. Presidente da Egrégia Câmara Municipal,
Sr. Samuel Junior, Ilmos Srs. Vereadores componentes desta Casa de Leis,
funcionários, Mães que aqui se fizeram presentes; Exma. Sra. Prefeita desta
cidade Branca Motta e a todos os convidados que aqui se encontram.
Primeiramente, agradeço ao
Presidente da Câmara o prestígio de participar desta festividade que comemora
“O DIA das MÃES”. Sendo mãe, sinto-me lisonjeada ao comparecer nesta Casa e
dizer poemas para um público tão seleto. Uma data tão bela tem que ser
prestigiada por todas as Câmaras do nosso Estado e além-fronteiras do mesmo. A
nossa Câmara, com esta solenidade, traduz a responsabilidade de prestigiar a
quem nos deu a vida, que zelou pelos nossos passos e espaços que caminhamos até
este futuro aqui representado. Se olharmos para trás havemos de relembrar as
dificuldades que passamos neste caminhar de crianças para adultos; de dores
para alegrias, sempre rodeadas pela mão forte de uma mulher. É, justamente, o
que se comemora nesta ilustre Câmara de nossa cidade: as reminiscências
daquelas mulheres sofridas, calejadas pelo trabalho de casa ou das noites mal dormidas
a embalar o pequenino ser dormitando em seus braços. Quantos sacrifícios passaram
para alimentar esta criança... Quantos desesperos para comprar um litro de
leite quando o pai, desempregado, mendigava aos parentes um tostão para aliviar
a fome de um filho. Tempos passados relembrados agora.
As Mães costuravam fraldas
nas máquinas Singer, e o Dia das Mães era comemorado em todas as escolas. Um
festejo para os pequeninos seres saídos de suas entranhas. Como era emocionante
cantar na escola a canção “Mamãe, mamãe, mamãe, tu és a razão da alegria, tu és
feita de amor e esperança”... E quantas esperanças tínhamos quando acalentadas
em seus braços... Hoje o tempo aprisionou a mãe na sala de comércio, no banco
do Estado, na sala de aula, nas altas sociedades e demais empregos ou
desesperos. A mãe já não recebe o carinho de outros tempos e escondem a
fragilidade nos vestidos da moda, nas maquiagens extravagantes e na correria do
dia a dia. Que pena que passou o tempo sem ver a prole crescendo, sem ouvir a
benção mamãe e o beijo de boa noite de uma criança. Culpa da vida, culpa do
futuro que chegava.
SER MULHER
Neumar Monteiro
Ser mulher é ser mãe,
por Deus a escolhida,
para o nascer da vida.
Ser mulher é expandir
a meiguice e o amor
aonde quer que for.
Ser mulher é ser dinâmica,
atuante e complacente...
É, sobretudo, ser gente.
Ser mulher é ser perdão,
abraçando a todos
como a um irmão.
Ser mulher é ser grande
nas pequenas tarefas.
É ser o ombro amigo
nas horas incertas:
Na injustiça é voz que redime,
Na política é brado que exprime,
Na caridade é mão estendida.
Na luta é
coragem latente,
No trabalho é virtude frequente,
Na guerra é mensagem de vida!
MARIA MÃE
DE TODOS
Neumar Monteiro
Maria, Mãe de todos
os povos
Esperança de todos os
homens!
Em que língua
poderemos
proclamá-la Santa?
Somente o idioma do
amor
é capaz de enumerar
toda a sua grandeza:
Maria, Relicário de
bênçãos;
Tesouro de bondade;
Plenitude de carinho;
Exemplo de
harmonia...
Todos os povos
haverão de chamá-la Rainha
e se quedarão,
vencidos, ante sua graça,
assim como fizeram os
anjos do céu,
as flores dos campos,
os oceanos e os ventos
que sopram de todos
os hemisférios.
Maria de todas as
raças, que se misturam
numa só cor: a da
Paz, pois onde está Maria
cessam os ódios
raciais, as perseguições aos pequeninos,
calam-se os
preconceitos e emudecem as discriminações.
Um só abraço e única
Fraternidade!
Que iguala e recebe a
todos num mesmo coração:
o de Maria – Santa e
Mãe, que resume em si Vida e Redenção,
e a história de erros
e de acertos da nossa humanidade.
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