segunda-feira, 28 de maio de 2012

LIVRO "DEVANEIOS"


PORTA MORTA
                                    Neumar Monteiro 

Porta, morta, madeira não tem vida.
Punhos batem na nudez da matéria:
Inerte, espera algo a despertá-la.
O vento não ousa demovê-la
Do seu silêncio de porta,
E permanece muda – madeira endurecida!
Se alguém lhe fala, fecha os ouvidos
De árvore antiga, que já foi vida,
E hoje é porta, - morta aos apelos do mundo!...
Igual a nossa a sua vida:
Se não há incentivo ou ousadia,
Se não há chave para abrir ideias e
Recriar o mundo de sonhos e fantasias,
Somos porta morta, - madeira entristecida!

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