quarta-feira, 16 de maio de 2012

LIVRO "POEMA DO AMOR ETERNO"


O  FILHO  DO  HOMEM
                                     Neumar  Monteiro
(Que as fontes não sequem no nascedouro
e que os homens nunca deixem de cantar) 

Ele cantou ao vento
e o vento espalhou
por todo o Universo
a Sua melodia.
Todos O ouviram
e cantaram com Ele.
Os cegos viram-lhe
o semblante meigo e divino,
e O seguiram.
Os surdos escutaram
Suas palavras,
aplaudindo-O, felizes.
Os mudos entoaram
cânticos de louvor aos Céus.
As feras, todas elas,
tornaram-se mansas
à Sua passagem.
E Ele falou.
Sua voz era cálida
como um beijo,
perfumada como o sândalo,
suave como o incenso.
Pedra, flora, homens e feras,
quedaram-se vencidos e jubilosos
a Seus pés.
As esperanças nasciam nos corações
e transbordavam em cada olhar.
Era um tempo de união!
De norte a sul do mundo inteiro
glorificavam o Deus da vida,
o vencedor da morte.
Hosanas de amor ecoaram
por toda parte, saudando
o Filho do Homen!
Depois... os que antes
O aplaudiram
pregaram-No na cruz
infamante do Gólgota.
E, desde então, o mundo
ficou roto de ideal,
vazio de alegria.
Sublime e incompreendido
foi o sacrifício do Cordeiro Divino!
Deu amor e vida
em prol da humanidade,
e recebeu, em troca,
a coroa de espinhos!

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