DOMINGO NA
ALDEIA
Neumar M. Silveira
Toca
o sino
Da
igreja da colina.
É
hora da missa,
é
hora divina,
em
que os fiéis
contritos
vão rezar.
As
roupas domingueiras
bem
passadas,
camisas,
calças brancas
engomadas,
e
moças sorridentes
a
passar.
Encontros
se sucedem
na
pracinha
que
fica em frente
à
casa do Senhor.
Uma
vizinha
encontra
outra vizinha,
e
o diz-que-diz começa:
Oh
Deus ! Que horror !
Um
tresnoitado esponja cambaleia
e
um jovem vem gritando
Paz
e Amor !
É
assim o domingo lá na aldeia.
todo
mundo comenta a vida alheia,
sem
atender à voz do “seu” vigário.
Ao
invés de orações fazem fofocas
sobre
o namoro quente da Marocas
com
o Zéca do Chico Boticário !
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