quinta-feira, 24 de setembro de 2020

CRÔNICAS & ATIGOS

 

                    O  DIFÍCIL  CAMINHO  DA  MULHER   03 / 1998

                                                                                              Neumal Monteiro

 

            Através dos anos, houve uma revolução na maneira de se entender a figura da mulher perante a sociedade.

           

Dede os primórdios da civilização o papel ada mulher foi o de obediência constante às imposições do homem. Tudo lhe era pedido e quase tudo negado. Nada mais lhe restava do que a completa submissão físico-intelectual ao domínio predominante machista. Fraca e indecisa, anulava-se frente a tabus e acondicionamentos que minavam a capacidade de lutar e de se desenvolver. Poucas foram as que se rebelaram, sobressaindo-se pelas ideias avançadas para a época ou em razão das lutas empreendidas em defesa de os seus ideais, como Joana D’arc, Madame Sand, Maria Antonieta, Marquesa de Alorna etc. Enquanto o mundo evoluía, a mulher não participava dessa evolução – muda expectadora de um sistema do qual era excluída.

Com o advento da Revolução Industrial, no século XIX, a mulher, até então submetida ao regime Patriarcal, sentiu a necessidade de reivindicar igualdade de direitos e de oportunidades com o homem, começando a lutar pela sua inclusão no mercado de trabalho. E desde então sua luta não esmorece, lutando lado a lado com o sexo oposto e, até mesmo, ultrapassando-o nas cobiçadas vagas universitárias e na corrida aos melhores empregos.

Uma nova mulher para um novo tempo! Próximo ao Terceiro Milênio não há que se falar no serviçal e amedrontado “sexo frágil” de outrora. Contudo, a evolução social não lhe retirou a característica da feminilidade. Sua ascensão se ratifica a cada dia com charme e salto alto, sem lhe faltar capacidade e garra suficientes para prosseguir rumo ao sucesso. . São Joanas Darc da modernidade, que se imolam às causas públicas conciliando os cuidados de esposa e mãe às novas atividades que introduziram em seus currículos.

Quem lê sobre história das sociedades humanas, sabe que já passamos pelo matriarcado, antes que o sexo masculino estabelecesse, por meio da força, a era patriarcal que vivenciamos. A posição alcançada pela mulher na atualidade é fruto de muitas lutas e incontáveis humilhações. Através de renúncias as mais variadas, forjou-se a mulher que sabe discernir com precisão os seus objetivos, capacitada a ombrear com o homem a tarefa de conduzir a humanidade rumo às melhores aspirações. Tantos são seus variados destinos como estrelas no céu, porque em cada canto desta terra há uma dessas em laboriosa atividade humana: mulher, mãe, amante, empresária.. Mulher em fim de milênio – Cidadã do Mundo !

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