PEDINTES
Neumar Monteiro
Pedindo ouro ao sol
e prata à lua,
vai o homem seguindo
a humana trajetória.
Desde épocas
primevas,
e através da
história,
este ser, incansável,
é um eterno pedinte!
Pede peixes ao mar,
os humildes
pescadores.
Para a cura do mal,
batalham os doutores
no desejo tenaz
de garantir a vida.
Pede a flor uma
haste que a recolha:
no afã de viver
não há quem se tolha
seja animal ou
vegetal,
a luta é sempre
infinda.
E o poeta também
segue a mesma trilha.
À procura do Belo
ele perfilha
os caminhos tortuosos
de dores e tormentos.
Para o dom de pedir
não há mesmo remédio!
Para aquilo que já
tem
o homem sente tédio,
para aquilo que quer
ele pede e
suspira!...
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