sábado, 14 de maio de 2011

POEMA DO AMOR ETERNO

CENA CAMPESTRE


O galo da campina
ao longe canta forte.
O dia começou,
a hora se aproxima
em que, desfeitas as dores
da noite mal dormida,
vão os homens cansados
em busca de alimento.

São espectros de si mesmo,
na luta que não cessa,
que vai de sol a sol,
do dia que começa
e só termina à noite,
quando voltam para a aldeia.

E os homens encurvados
ao peso da desdita,
que só conhecem a dor
da faina rotineira,
retornam descontentes
aos humildes casebres,
chorando os desencantos,
com olhos de poeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário