sexta-feira, 15 de julho de 2011

O NORTE FLUMINENSE - 07-2011

                        NÓS PEGA O PEIXE
                                                   Neumar Monteiro
                                                              

                   É muito triste ver o Brasil falando “nós vai, nós foi” como acatou o MEC. Com certeza Pedro Álvares Cabral está rolando no túmulo e dizendo: - Não foi para isso que descobri o Brasil! Ora, pois, pois...
                   Que retrocesso cultural igualando, pelos erros, a Língua Pátria!... Quantas aulas foram dadas e materiais didáticos usados para a alfabetização de um só aluno? Imagine milhares deles... A intenção de educadores deve ser a de aprimorar os educandos em todos os aspectos e, não, entravar a sua estrada com uma pedra de mil quilos de ignorância. Se for por isso, até a Bíblia Sagrada terá que se modernizar já que foi escrita e traduzida por mãos e cabeças culturalmente diferentes que, mesmo assim, não suscitaram “preconceitos linguísticos.”
          Quanto custou ao Brasil a criação de escolas públicas, seminários e faculdades para o aprimoramento dos brasileiros? Quantos livros foram escritos por notáveis homens das Letras que aportaram em lares da periferia? Livros têm pernas e correm o mundo todo, o que é inegável. Um só livro lançado erradamente pode subverter toda uma comunidade de educandos. O “Por uma vida melhor” da professora Heloísa Ramos, prega o erro, a banalização da cultura e o escárnio da linguagem culta em prosa e verso; uma brincadeira de “ficar na onda” quem não tem outro jeito de aparecer.
                     Se defendem a linguagem coloquial, isso, necessariamente, não deve abranger uma Nação. Todos nós a usamos algumas vezes entre amigos como algo engraçado, despojado ou passageiro. Enfim, brincando de falar errado. Claro está que não temos que sair apregoando tal falar de troça.
                   O Brasil custou a entrar no trilho da história ao lutar pela sua Independência, incluindo-se uma linguagem própria, coerente e sadia. Não aquela mistura de Tupi Guarani com Portunhol. Quantos séculos se passaram? Quantas águas já rolaram? Agora temos que retroceder? Seria burrice intentar tal caminho; só se aprovarmos voltar à ignorância o que, por certo, seremos vaiados pelo resto do mundo culto e letrado. Vamos subir nas árvores, tirar as roupas e escrever igual em nome da conveniência de alguns criadores de caso: “Será que a gente semos inútius?”
                    “Um crime contra nossos jovens” foi a matéria veiculada pela Imprensa, em  maio de 2011, falando sobre o assunto, a saber : “ Vocês estão cometendo um crime contra os nossos jovens, prestando um desserviço à educação já deficientíssima do país e desperdiçando dinheiro público com material que emburrece em vez de instruir; estão cometendo um crime contra a educação brasileira“. É claro que há controvérsias, sabendo-se que muitos querem ver o circo pegar fogo e, também, ganhar dinheiro com a venda do livro. Aguardamos que vença a Educação, acima de tudo, para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, plagiando D. Pedro de Alcântara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário