quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

CRÔNICAS & ARTIGOS

 

O SENADO EM PROSA E VERSO  - STATUS   08 - 2009   

                                                                         Neumar Monteiro

                                                                         

 

Afinal, Sarney sai ou não sai? É uma pergunta boba, porque o Brasil escancara toda sorte de lorota para perdoar o Senado. Nada é sério nesta terra que de mentira está cheia, padece só quem trabalha na aridez da peleja. Parece conspiração a de perdoar o ladrão. Parece até brincadeira a roubalheira política (exatamente de quem exemplo devia dar) mas acontece o contrário o que age certo é otário, o que rouba é o popular.

Não sabemos mais viver neste grande preconceito que ser honesto é covarde. Quem rouba é o mocinho, forte, belo e engravatado, moço perfeito na fala... O honesto fica de fora, enquadrado na fileira daqueles que seguem calados engolindo a roubalheira. Que situação é esta? Não há quem dela conteste, não há quem estenda a mão? Será que nada muda sempre a mesma permuta: sai o ruim entra o ladrão?

Quando será a vez dos que gostam de trabalhar? Daqueles que varrem a sala mais apreciam o caviar; desses que dia e noite vivem uma vida certinha, trabalho, casa e TV, vendo a Maitê  Proença, ainda  engraçadinha, fazendo cara de trouxa lá no “Caminho das Índias”.

Mais tinha que ser o Senado? Ai que tristeza que dá!...O povo fica possesso, mas não aprende a lição e na outra eleição nos mesmos irá votar. Quem duvida ser verdade que povo gosta é de lamento? Ter motivo, reclamar, bater os pés e pedir, mas quando chega a eleição esquece todo o passado e vota outra vez errado.

Afinal é o Brasil que passa a situação. Fosse em outro país, outro qualquer lugar, o povo estava na rua para reivindicar uma postura séria, honesta e transparente, que não proteja o larápio, o rico e o prepotente. Vejam só o que houve de quem já foi Presidente? Quem mais vai nos socorrer? Elegemos aquele que tanto desgosto nos deu, cabe a pergunta sincera: Ele é culpado ou sou eu?

Por mais que o tempo passa o povo não toma jeito, gosta da farra política e não vê nenhum defeito. Gosta do rebuliço, dos dias de alegria, não pensa no aluguel e nem no futuro que vem. Esquece de outros tempos de tais desprezos também. Veja o que se deu com o voto que elegeu o Sarney... O povo agora anda mudo, engole o trago e pergunta: O que foi que aconteceu? Ele é culpado ou sou eu?...        

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